quinta-feira, novembro 25, 2004

Saber
Bem mais que sentir
Seria talvez o sentimento
De toda grandeza
Onde a sapiencia seria apenas viver

Em suma
Um lugar geral
Algo pra se descansar
Dessa vida louca
Dessa vida rota
Desse movimento de sentir

Onde qualquer ser se confunde
E tudo ao seu redor torna-se pó
Ao despertar de uma nova aurora
O correr de um novo ter

A vida segue
E a passos finos vai-se levando
Para que um dia enfim
Tornem-se quentes os sapatos
E ao seu lado
Apenas você, assim...
Você...

Kléderson Bueno (25/11/2004)

mais uma poesia inspirada by Fotolog.net hahahaha esse eh pro fotolog.net/yah_04 :D

segunda-feira, novembro 22, 2004

Dores demais...

Sem causar
Sem usar
Nem dor nem ser
De uma vida que nunca foi minha
E de dores que serao ...
Eternamente minhas
Sinto sede
Vontade de beber
Desse calice felicidade
Que nunca hei de tecer
Fios de vida numa hora
Onde as horas sao apenas horas
E o EU fica assim... tão só

Vem, me diz q tudo foi um pesadelo
E que acordo nos teus braços
De onde tudo começou
E dos inumeros desmazelos
Apenas a alma lhe restou
De um corpo sem sentidos
Onde o unico sentido és tu
De um ser envaidecido
Que em nenhum espelho encontrou
Nem tu...

Vinha a mim quando eras apenas eu
E que eu, de dor, hei de voltar
E se assim me tornas seu
De seu em mim hei de gritar
E sim
Se és dor e vinha
As mais doces de minha sinhá
Serão nossas
Hei eu de roubar
Para que sejas feliz
E saboreie o mais doce fruto
Para que quando adormeceres
Saiba que ao acordar seras um anjo
Sob proteção mais que divina
De um céu escuro
A noite será nossa
E um beijo acalmará as horas
E juntos estaremos nós...
Dois a dois...
Um a um...
UNO...

Klederson Bueno Bezerra da Silva (21/11/2004)

sábado, novembro 20, 2004

Descobri uma utilidade pro fotolog, inspiração :D hehehehe mas visitem o meu sempre hahahahhahaha www.fotolog.net/klederson

Criação de morte

Mesmo sem saber...
As dores hão de aparecer
Sob a mais fina névoa de um ser encantado
As asas que caem
De um anjo acordado
Envolvendo de pétalas todo um coração
Que angustiado pede clemência
Tortura, dor e demência
Numa súplica eterna de paz
Em goles súbitos
De um sangue incolor
Onde toda sua cor
Esvai-se por minha vida
E corre por entre as arvores
Com os duendes do teu castelo
Durmindo um sono profundo...
Mais profundo que sua própria mente...

Kléderson Bueno (20/11/2004)
Existencial

Fazer-se entender
É mais do que a razão pode querer...
É menos do que eu posso ser
Onde tudo é apenas o que parece ser
E nem tudo é o que deveria parecer

Mas onde estaria a razão do existir?
Se assim fizesse coisas
De lógicas absurdas
E imaginários sem razão alguma
Longe de viver uma realidade comum
Ou ver a flor num jardim, numa garrafa de run

Dá-me esse espírito
Que nele se consuma meu sentido existencial
E dele nascerá uma nova ave
Capaz de curar o mundo
De mazelas escusas dos olhos alheios
(ou seriam os olhos que se finjem cegos?)
Na imaginação secreta
De sonhos inimaginaveis
E viajens que seriam apenas viajens
Se não fosse tua sublime presença
E aqui ela se perderia
Sem nenhuma razão de ser
Sem se fazer perceber
Fazer-se entender...
Pra que?

Kléderson Bueno Bezerra da Silva (20/11/2004)
Sentido de ser

O ser que se consome
Na pratica de um arder sem dor
Onde lhe negam até o sono
Onde o sonho
É seu amigo, e maior pavor

A realidade se esvai
E resta apenas um sopro de vida

Onde o tudo
Se preenche de nada
E o vazio faz-se obscuro
Vazando-lhe sons
De sabor infinito
Na inquietude da mente
Que insandecida povoa-lhe o coração
..
És em mim que arde esse sentimento
Que se confunde com a vontade de não ser
E o existir torna-se simplesmente caotico
Na teoria existencial da inexistencia total
De um circo sem palhaço
De onde tudo há de vir
E para onde deverá ir
Sem dor...
Sem dó...

Da piedade que lhe resta...
Guarde tudo para si
Pois é nessa alma falida
Que se encontarão as feridas
De viajar sem ser...
Aguardando apenas uma saida
Para um dia que vai chover

Numa esquina da vida te encontrarei
Talvez seja eu que peça esmola
Talvez seja você
Mas no fim das contas...
Nossas vidas sempre se encontrarão...

Kléderson Bueno Bezerra da Silva (20/11/2004)

segunda-feira, novembro 15, 2004

Serei eu a razão de toda essa metafísica louca?
Ou apenas faço eu parte
De toda essa insanidade coletiva
E onde tudo é por simplesmente ser
E a violencia das rosas
Simbolicamente mudam
A firmeza de um novo ser

A felicidade se faz por não parecer
Nem mostrar que se minguam
Nem dizer que podem ver
Dentro de cada coisa tua
O viver de uma nova liberdade
E o eu
Que só se consome na chama da libido
Encontra aqui a essencia da alma
Sob uma estranha calma
Que há de cessar...

Seria talvez eu
A razão de todo esse existencialismo?
Dessa coisa comedida, medida
Que se finge fiel
Quando já não quer ser
E grita o nome de um outro corpo
Que não o seu
Mas sim o meu
E dançamos juntos
Essa musica que toca em nossas mentes
Tudo ao redor gira
E o azul dessas nuvens na minha cabeça
Me enlouquecem
E por tresloucado que sou
Invado o sono da mais bela moça
Para povoar de paixão
As noites fria dela
E incendear o coração
De quem já por outro estava incendiado
E conquistar assim esse amor
Que no fundo da inconstância
Encontra firmeza na agua translucida
E finge não ser o que é
Sendo apenas agua...

Kléderson Bueno Bezerra da Silva (15/11/2004)

sob efeito de qse uma garrafa de absinto :D

domingo, novembro 14, 2004

Vamos fazer o feriado
pra que não haja um dia fim
E entender o que há de errado
Pra falar as vezes sim
E curtir o fim da vida
Que se inicia no entardecer
Vendo a mistura fatal de cores
Vendo o sol que vai adormecer...

Kléderson Bueno (14/11/2204)

sábado, novembro 13, 2004

Sob a serenidade da calma
Adormece a alma
Que um dia quis acordar
Sob as nevoas do novo amanhecer
De um império só seu
Sem limites ou fronteiras
Apenas dorme

Viver uma eternidade num beijo
Naquele beijo seu
Fingir ser forte
Para não ficar tão vulnerável
E pensar que foi tudo um sonho bom

Não disse que é certo
Nem que haverá uma nova aurora
Mas que os corpos estarão juntos
E as almas, uma só
Pois são partes que se completam
E apenas brilha o sol

Noites vazias sem tua presença aqui...

Vai
Encontra o teu ser
E volta pra mim
Vem ver que estou aqui
Para amar e ser amado
Como nunca sonhamos ser...
Numa dança de movimentos caóticos
Dum ser levantado
Caído sobre o proprio chão
Amanhecendo o anoitecer
Sob a cálida luz da lua
Pensando em você...

Kléderson Bueno Bezerra da Silva (13/11/2004)
A pessoa certa vai entender essa poesia... e quem sabe me desculpar por uma coisa tão boba.


O momento é verde
Sob a cor da lógica
Que sem nenhuma razão
Ou parte de lugar algum
Que se inspira na dedicação
De "ismos" e ideologias
Que vão e vem com a maré
E as ondas apenas riscam o mar de vida

As desculpas são sinceras
E que se pudesse ser feito de novo
Aconteceria melhor
Perdão por uma coisa tão boba
Que se torna cruel
Nas lágrimas vertidas escondido
No beijo que sinto
E não quero perder

Mas fazer-se-á uma nova história
E sem porquês hão de entardecer
As infintas rosas
Os ramos de flores ao te ver
Na noite escura
Sussurrar ao teu ouvido
Palavras pra entender
O sorriso lindo do seu rosto
E mais uma vez pedir desculpas
Por um momento que errei...

Kléderson Bueno (13/11/2004)

quarta-feira, novembro 10, 2004

Busco nos olhos a essência
E nos obscuros dias,
A divina crença
De onde escusos valores
Hão de serem retratados
Como coisas banais
Em desejos carnais
Da carne ao ócio
Da beleza ao ópio
Dentre os mais pútricos carniçais
És tua toda pureza
Do ser apedrejado e morto
E tua também a beleza
Da solidão em que morro

Kléderson Bueno Bezerra da Silva (10/11/2004)
Busco ser forte
Para enfrentar a dor
Busco mil respostas
Para entender a vida
Para entender o amor
Entender o coração dela
Entender o mundo...

Mas quanto mais me questiono
Mais a vida me leva
Me derruba e me carrega
Como se eu não fosse dono de mim
E por aquelas esquinas eu vou sozinho
Sem saber aonde ir...

Tenho que esquece-la
E estou tentando fazer
Minto pra mim mesmo
Minto não a querer
Mas quem sabe assim tudo passe
E um dia sejamos amigos
Pois antes de qualquer coisa no mundo
Desejo a felicidade daquela
Que me é muito querida
E que ela finalmente se encontre
E seu mundo seja feliz
Assim como o meu será
Mesmo sem ela...
O meu um dia será...

Kléderson Bueno Bezerra da Silva (08/11/2004)
A exatidão das coisas
Encontra no nada
Toda sua plenitude
Onde um ser imperfeito
(como eu)
Busca no seio da Terra
Algo bom pra se amar
E vive na espera da guerra
Um lugar pra sonhar

Viver,
Mais do que saber ser
É sentir
E mais do que servir
Apreciar
As mais finitas coisas
Num mundo vil
Onde uma flor que brota
Traz a esperança...
Sutil...
De uma nova vida
Que pode ser vivida
Se experimentada a dois
Onde o tudo e o nada
Deixam para vir depois...

Um olhar doce
Na noite fria, se desperta
E entre o bailar das velas
Sob o frio vento das mazelas
Encontra uma nova chance
A esperança
De tentar ser feliz...

Kléderson Bueno Bezerra da Silva (10/11/2004)
essa eh mais uma poesia baseada em alguma foto ou comentarios ou pensamentos nos fotologs da vida... Essa inspirada na foto/comentario da foto:

http://www.fotolog.net/luluuh/?pid=9301247

* O que fazer com espelhos?
Que refletem o que não queremos ver?
Nossos defeitos...
A falta de brilho
A angustia de um pobre ser...

Falido de idéias
Seco de ambições
Numa hipocrisia que cega
Desejos e ilusões

O poeta já morto
Cisma em querer dizer
Que a vida da mais
Do que podemos ter...
E nesse momento que nos enxergamos
Frente a um espelho
E analisamos
Que somos pele
Somos osso
E mais nada...

Kléderson Bueno (10/11/2004)

quinta-feira, novembro 04, 2004

Bush

O sangue corre pelo asfalto
Queimam as velas num saguão
E passam mais soldados...
Dessa vez são tiros
Que ecoam ao invés de vozes
E explosões povoam meus ouvidos
Onde o choro corroi minhas preces

E mais um corpo se estente pelo chão...

Carros, cordas, corpos, mortas...
Crianças estiram-se sobre as escadas
E no rastro do suplício em sangue
Ve-se a fotografia de um mcPalhaço
Doutrina do emburrecimento
De um mundo, da propria nação
Com um time próprio de assassinos
Esperando a proxima missão...

Mas a bolsa rende dividendos
Hoje foram as empresas armamentistas
Vendendo morte, como nunca
Fomos um estado, um país, um mundo...
Agora já não somos nada

E mais um corpo se estente pelo chão...

Na mente resta apenas o sentimento
O desespero e uma vã esperança
De um dia acordar sorrindo
Sem pesadelos, nem tanta dor...
Num mundo menos cruel
Onde não exista nem inferno nem céu
E a vida seja apenas... Vida...

Kléderson Bueno Bezerra da Silva (03/11/2004)

---\\---

** Todo imperio cai sim...
Um dia...
Infelizmente podemos não ver o fim
Ou ver O FIM

Esperamos por justiça
Enquanto lamentamos a escuridão
Juntamos corpos
Empilhamos destruição...

Tudo em prol do dinheiro
Corrupção da essência do ser
Tudo no arrebol de mais um dia
E no fim tudo vai escurecer

Mas cada dia é um dia
E quem sabe quem é o próximo a morrer?
Será o Cowboy?
Ou mais milhares de inocentes como eu e você?

E por mais um dia a criança chora
E estamos aqui nós
Aguardando o entardecer...
De uma nova era
De um novo tempo parar morrer...

Kléderson Bueno (04/11/2004)

segunda-feira, outubro 18, 2004

Poesia para fazer alguém feliz

As vezes
As coisas parecem não ter jeito
O mundo nos cerca

Sem solução...

Corremos
E encontramos um abismo abaixo de nós
Somos filhos do nada
Criados por vento
Caminhando por uma estrada
Sem destino...

Meu barco não tem mais vela
Estou a deriva nesse mar
Nesse mar de vida
E morte
Se te encontro
Faço-te meu porto seguro
Para encontrar felicidades
E fazer-te um pouco mais feliz...

Não quero te ver chorar
Pois tuas lágrimas doem
No meu coração
Não sinta pena de si mesma
Viva a vida
Busque felicidade...

Me encontre hoje
Podemos sair pra passear
Vamos naquele lugar tão belo
Onde os problemas se escondem
E tudo vira apenas luz...

Kléderson Bueno (18/10/2004)

segunda-feira, outubro 04, 2004

Promessa não cumpridas
Noites mal dormidas
E as lágrimas molham minhas mãos
Sei que não sou certo
Que sou feito de pão
E na mais leve gota
Extinguo-me nessa viajem
Sei que disse que era pra sempre
Mas o que eu queria
Era nunca ter dito
Nada...
Queria que fosse pra sempre sim
Mas juntos
Os dois
Um só

Meu erro foi querer saber demais
Amar demais
Ajudar demais
Fingir demais
Fingir estar sempre feliz
Engolir as lágrimas
E sempre que necessário
Fingir que nunca tive raiva
Fingir não ter sentimentos

Nunca fui perfeito
Passo longe de uma perfeição

Queria apenas que o mundo
Fosse mais direito
Que as coisas não fossem tão injustas
E que a dor fosse uma coisa enxuta

Saber um pouco mais
Sobre a felicidade
Saber se ela existe
Ou se alguem a teve
Se teve...

Muitas vezes pensei sentir
O que não era bem assim
Morrendo só
Sob a espuma e o pó
De mais uma noite
De sonhos dolorosos
De anseios rancorosos
De uma vida sem vida
Num corpo sem alma
Num mundo sem calma
Piedade ou bom senso
Sem amor
Sem ódio
So amando
Quem não queria ser amado
Molestando
As dores que me haviam grudado
Por todo corpo
Onde já não habita espírito
Somente grita
A dor...

Kléderson Bueno (03/10/2004)

domingo, outubro 03, 2004

Tristeza

Promessa não cumpridas
Noites mal dormidas
E as lágrimas molham minhas mãos
Sei que não sou certo
Que sou feito de pão
E na mais leve gota
Extinguo-me nessa viajem
Sei que disse que era pra sempre
Mas o que eu queria
Era nunca ter dito
Nada...
Queria que fosse pra sempre sim
Mas juntos
Os dois
Um só

Meu erro foi querer saber demais
Amar demais
Ajudar demais
Fingir demais
Fingir estar sempre feliz
Engolir as lágrimas
E sempre que necessário
Fingir que nunca tive raiva
Fingir não ter sentimentos

Nunca fui perfeito
Passo longe de uma perfeição

Queria apenas que o mundo
Fosse mais direito
Que as coisas não fossem tão injustas
E que a dor fosse uma coisa enxuta

Saber um pouco mais
Sobre a felicidade
Saber se ela existe
Ou se alguem a teve
Se teve...

Muitas vezes pensei sentir
O que não era bem assim
Morrendo só
Sob a espuma e o pó
De mais uma noite
De sonhos dolorosos
De anseios rancorosos
De uma vida sem vida
Num corpo sem alma
Num mundo sem calma
Piedade ou bom senso
Sem amor
Sem ódio
So amando
Quem não queria ser amado
Molestando
As dores que me haviam grudado
Por todo corpo
Onde já não habita espírito
Somente grita
A dor...

Kléderson Bueno (03/10/2004)
Promessa não cumpridas
Noites mal dormidas
E as lágrimas molham minhas mãos
Sei que não sou certo
Que sou feito de pão
E na mais leve gota
Extinguo-me nessa viajem
Sei que disse que era pra sempre
Mas o que eu queria
Era nunca ter dito
Nada...
Queria que fosse pra sempre sim
Mas juntos
Os dois
Um só

Meu erro foi querer saber demais
Amar demais
Ajudar demais
Fingir demais
Fingir estar sempre feliz
Engolir as lágrimas
E sempre que necessário
Fingir que nunca tive raiva
Fingir não ter sentimentos

Nunca fui perfeito
Passo longe de uma perfeição

Queria apenas que o mundo
Fosse mais direito
Que as coisas não fossem tão injustas
E que a dor fosse uma coisa enxuta

Saber um pouco mais
Sobre a felicidade
Saber se ela existe
Ou se alguem a teve
Se teve...

Muitas vezes pensei sentir
O que não era bem assim
Morrendo só
Sob a espuma e o pó
De mais uma noite
De sonhos dolorosos
De anseios rancorosos
De uma vida sem vida
Num corpo sem alma
Num mundo sem calma
Piedade ou bom senso
Sem amor
Sem ódio
So amando
Quem não queria ser amado
Molestando
As dores que me haviam grudado
Por todo corpo
Onde já não habita espírito
Somente grita
A dor...

Kléderson Bueno (03/10/2004)
Sentir
A dor que é
Viver assim
Seria melhor expirar
Toda esse vitae
Que, vermelho, viaja
Dentro do coração
Sangra a amarga lágrima
E me faz morrer
Sempre aos poucos...
Sem entender o que acontece..
Ou entendendo querendo esquecer

Parto eu sozinho
Para o fim da dor
Na plenitude da calma
Viver apenas na alma
Esquecendo o corpo aqui

Por vezes senti...
Que poderia mudar o mundo
E que as coisas poderiam ser felizes
Na harmonia entre todas as coisas
Desde o mais invisível pedaço
Esquecendo-se os laços
Viver bem...

Mas tolo é aquele que pensa assim
Sem ter alguem com quem dividir
Sem ter voce pra me acalmar
Sem ter voce pra me amar

A vida sempre foi uma roda viva
E dela chegou a vez de eu sair
Incerto, encontrar a morte
Certo, de que é a mais bela
De pureza singela
Que poderá me compreender
Na mais difícil das coisas
Não haverão mais açoitas
E poderei ser,
Talvez não feliz
Mas a dor pode não existir nunca mais
E se tudo der errado
Um destido quebrado
Na taça de cicuta
Hei de perecer
Da voz muda
Que finge calar
Sairá o grito
Que libertará minh`alma
Deste inferno lugar...

Kléderson Bueno (03/10/2004)

sexta-feira, outubro 01, 2004

Se pudessemos mudar o mundo
Quem sabe um dia
Poderíamos mudar a nós mesmos
Nessa infinda dança
De ritmos e cores
Energia e calor
Corpos entrelaçados
Bocas grudadas...
E só nós...

Kléderson Bueno 01/10/2004

quarta-feira, setembro 22, 2004

Alguem hoje me disse
O quão finita era a graça
Mostrou-me um novo céu
Onde só reinava a desgraça
E foi dessa tentativa
De unir-me ao infinito
Que tornei-me um só
Afim de reaver todas as coisas
Que jamais tive
E de perder todas as outras
As que eu conseguir obter

É por não pensar simples
Que torno me tão multiplo
E por não ser tão puro
Transfome-me em sólido
Fragil, uma rara peça de cristal
Tão inútil quanto a propria existência
Onde está ali para ser belo
Porém quebrado
É apenas o lixo
Que não espera agrado
Nem sonha em atender
As ânsias da alma
Nem mesmo compreender
O que diz a calma
Da leveza
Da beleza
De morrer...

Kléderson Bueno (22/09/2004)

domingo, setembro 19, 2004

Sorria...
Mais um pouco
Deixe as lágrimas
Secarem do seu rosto
E viva...
Lute
Pois é da luta que se obtem vitorias
E nas vitórias
Pequenas glórias
Que poderão nos confortar
Na hora do cansaço
Poderão nos levantar
Beije
E sinta o calor que emana
Da carne
Da fervura da boca humana
E sinta que nem sempre está só
Que não envelheceste
Apenas não tiraste o pó
Que paira sobre sua roupa
Numa dança louca
Quer sair
Se despir
Como numa musica leve
Que você se entregue
A mais uma risca de giz
Tentando... apenas
Ter um momento feliz...

Kléderson Bueno (18/09/2004)

quinta-feira, setembro 09, 2004

Estou só

Eu sei que é tolice
Querer alguém q muito te fez sofer
Eu seí que é burrice
Escrever isso para ninguem ler
Mas doi
Algo mais forte que eu
Muito... doi
A dor de perder um outro eu
A tristeza de perder alguém amado
E para os abutres ser deixado
Por não conseguir amar mais ninguém

Choro
Mas dizem que homem não chora
Porém não sinto nem gosto nem cor
Choro por que quero mesmo não querendo
E me odeio por isso assim
Me odeio por odiar amando
Me odeio por esquecer de mim
Me odeio por estar aguardando
Me odeio por não quero o fim

Não tenho esperança de nada
Apenas sou uma alma
Suja e desgastada
De tanto sofrer por quem não quer

Sei que não devia estar aqui
E partir seria bem melhor
Mas temo ficar longe de ti
Temo ficar perto... tudo é pior
Amo-te por que não consigo odiar-te
Odeio-me por que não consigo esquecer-te
Lembro de tudo
E TUDO me faz lembrar você
Desde a agua que escorre pelo meu rosto já molhado
Ou por um desenho, mesmo que borrado
Por um suspiro que dou
Sempre lembro de ti
Em tudo que vejo
No ar que eu respiro
Estou me sufocando
Pois já não tenho nada
Nem mesmo o ar é meu
Nem mesmo minha vida é minha
E escrevo com lágrimas esse poema
Não para que alguem tenha pena
Mas por que achei melhor assim
Por nas palavras o que estou sentindo
Pois já não me minto
Não estou mais sorrindo
E só quero
Um veneno ter
Algo que me leve rápido
E rezo para que num momento de lapso
Antes de morrer...
Eu não pense em nada...
Pois TUDO...
TUDO.............
Me faz lembrar você

Kléderson Bueno

quarta-feira, setembro 08, 2004

Perdi...
Tudo o que tinha
A felicidade veio
Me disse "oi"
E saiu correndo
Me roubando a vida
Roubando meu centro

Repito a toda hora
Que não sei o que sou
Nem o que quero
Apenas o que eu não quero
E o que eu não quero agora...
É dor...
Estou exausto
A voz pérfida da dor
Sussurra ao meu ouvido
Palavras de agonia
Um sentimento desumano
Moradores da mente
E corpo... INSANOS

Pedi ao meu carrasco
Uma execução imediata
Porém ele riu de mim
E tortura-me há séculos
E alegra-se com minha dor

Queria eu
Ter sido menos máscara
E mais humano
Menos amigo
E mais tirano
Eu que por vezes jurei amar
Sem nunca ter sido amado

Ai de mim
Lágrimas vermelhas
Me carreguem pra longe
Me entreguem ao diabo
Mas livrem-me dessa cruz
Livrem-me dessa angustia
Dessa sina sofrida
Dessas marcas nas costas
De tando levar pancada
Dizei-me o que for
Mas tirai-me daqui
Peço-te
Suplico-te
...
Mate-me

Kléderson Bueno (08/09/2004)

segunda-feira, setembro 06, 2004

Quando a noite cai
Vem o sonho a nos velar
Aproxima-se o fino véu
Que nos separa do desconhecido
E sentimos que tudo fica belo
Onde a vida se separa do real
E podemos ser felizes
Mesmo que por alguns instantes

Um beijo angelical
Nos leva a um mundo surreal
Onde a realidade se confunde com o ser
Onde a alma faz parte de um só ser
E tudo acontece como deveria acontecer
Assim fechando o ciclo de vida de morte

Ao adormecer
Sentimos a mão da morte que nos guarda
Assegurando sua posse
Ninguém nos ama mais que ela
Pois é a unica certeza que temos na vida
E de quem iremos encontrar
Ela estende sua mão
Nos tira o medo
A razão
A dor...

Suba
Faça esse último voo comigo
Abraçe-me e sinta o coração pulsar
Sinta esse amor que bate forte no peito
Amor que você quis recusar
Vamos
Pule comigo nesse abismo
Sintamos que não estamos tão sós
Pois temos a imensidão de todos os mundos e um pouco mais
Vivamos como se fossemos pó
Pois é dele que viemos
E a ele que iremos retornar

No sábio conhecimento de quem não diz nada
Atravessamos mais essa noite
Sonhamos mais uma vez
Sob o olhar calmo da morte
Que com suas mão cálidas nos defende
Nos aguarda
E nos ama...
Vem... ...

Kléderson Bueno (06/09/2004)

domingo, setembro 05, 2004

Fazendo um resumo das poesias que eu tenho feito nos ultimos tempos... as que valem a pena (eu acho)

Como o sangue
A vida se esvai
E como se fosse simples
Acordar e sentir a dor de nunca ter nascido
A criança chora
Pois agora está só

O sorriso já não marca a face
Resta apenas o choro e a dor
A tristeza é só mais uma amiga
E insiste em estar sempre presente

Um ser errôneo
Que nunca sabe o que faz
Cambaleia pelos cantos
Perdido
Buscando talvez se encontrar...
Agora esconde o rosto
Tem vergonha do ser que é
Já não ri de tudo na vida
A fotografia já não ve mais nada
E assim sua essência torna-se impura
Onde perduram os sentimentos de dor
Onde até as janelas, flores e rios
Fazem questão de zombar
Pois sabem que não existiu nem existirá...
Um ser tão pisado...
Tão Inferior

Kléderson Bueno (05/09/2004)

-----//------

A tristeza é como o vinho
Instala-se sem que você perceba
Logo sua cabeça gira
E tudo mais é apenas cor
Doi, e é mais do que chorar
Sabe-se que dentro destroi o peito
Forçando-nos a gritar

O desespero é mudo
Os gritos só trazem dor
As velhas regam as flores
Onde o silêncio é ensurdecedor
Faz-se das velas um sinal
Do que realmente havia de vir
Ve-se nas telas um mortal
Que anseia logo padecer
E assim vai vivendo
Sem correr nem parar
E assim vai chovendo
Lagrimas de angustia
Que ja não podem ser guardadas
E não merecem ser lembradas
Vejo as mão rejuvenecidas
Mas estão velhas e esquecidas
Pois ninguém há de beijar
A pessoa amaldiçoada
Que está a lhes carregar...

Kléderson Bueno (05/09/2004)

-----//------

Eu sei que a dor toca,
Tão vibrante quanto o som das arvores
Que balançam livremente
Sob o amargor do vinho
E bailam como se fossem fadas
Sob a flor e o espinho

Suba
Viaje comigo so mais uma vez
E diga que tudo isso é sonho...
Apenas um sonho,
Que não sou quem vejo agora
E que essa tristeza
Era apenas mais uma imaginação
Diga que esses versos são imaginários
E que nunca escrevi nada disso sequer
Diga-me que nunca fui poeta
E nunca liguei pro que seria
Mostre-me então o paraiso
Com uma doce voz
Que mesmo fria há de me satisfazer
Quero contigo,
Ó bela morte,
Adormecer...

Assim veremos os dois
Que vencemos a guerra
E que a tregua tão almejada
Por muitas vezes indesejada
Há de vir com os bons ventos
E como diria o poeta
"Como posso dizer o que serei,
Se nem mesmo sem quem sou..."
E em tão sabias palavras
Termino esse poema
De palavras vazias e pequenas
Como a alma de alguem que sonha
E com anseios apenas...
Busca findar a dor.

Kléderson Bueno (01/09/2004)

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Quando meu sorriso
Se desfez
Senti a alma vazia
Como se fosse a primeira vez
E como se fosse a primeira vez
Doeu tanto
Tentei lhe explicar
Mas ninguem me ouvia
Eu sei nada tem sentido
Preciso de alguém pra conversar
Alguem que talvez nem exista
E assim eu possa confiar
Não existo
Se existo não sou nada
Mesmo ainda sendo nada não vejo ninguem
E assim ninguem me ve

Parece um pouco mais que dor
Parece não existir paz
Em um ser que não se acha
Gira estando no mesmo lugar
Percebe que a vida é mais simples
Mas mesmo assim absorve a dor do mundo...

O mundo, que nada lhe fez
Alem da imensa solidão
E das súplicas por amor
Muito além da voz
E ainda mais do que qualquer coisa
Que me fizesse pensar
Pensar...
Estou tão cansado disso
A razão me trouxe a dor
E sem ambas não consigo viver
Estou fadado ao fracasso
Como ser...
Como poeta...
Como amante...
E no fim,
Restam as cinzas
Que esqueceram de jogar ao vento
Que continuam ali
Esperando você chegar...

Kléderson Bueno Bezerra da Silva (31/08/2004)

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As aparências,
Tantas vezes enganam
Que é facil confundir
A dor daqueles que amam
Como uma fina flor que desabrocha
Faz nascer no peito a angustia
Crescendo por entre daninhas o anseio
De ver-te minha em meu colo
Casualidade, talvez infamia
Da putricidade de todas as coisas
Dos sofrimentos de almas perdidas
Que encontram aqui refugio
Onde trazem-me a dor
Sem saber se aceito
E levam o amor
Que restou no meu peito

Kléderson Bueno (29/08/2004)

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Deite
Adormeça nos meus braços
Ouça o som que sai do meu peito
Como batidas em um ritual
Como um Banzo, se despedindo de quem faleceu

Um anjo caído
Com suas negras asas
Descansa sob a lápide cálida
Sob as profundas mágoas
De um dia ter acreditado
No amor incondicional
Por um tia ter escutado
O profano da voz infernal
Onde me sacia o cálice
De sangue que hei de tomar
E me padece a carne
Que a dor sempre vem beijar...

Vem e viaja comigo
Sinta o sangue correr
Veja as flores caindo
Onde o sol vai morrer
E essa noite é apenas nossa
Vamos por esse corredor
Que é só nosso
E vivo por onde eu posso
Vivo para morrer...

Kléderson Bueno (10/08/2004 20:15)

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Mentiras

A mentira dos olhos
Está na falsidade da alma
Onde a sina dos tolos
Reflete a imensidão da calma

Por consequência
É na face nua
Que a verdade crua
Encontra a essência
E por uma imensidão de sims e nãos
Encontram-se as mãos
Que hão de tapar os olhos
Para que a luz já não machuque
Para que eles nunca mais mintam...

Kléderson Bueno 19/08/2004

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A chuva bate na janela
O vento sopra e me faz tremer
Frio, o corpo toca
Sinto falta de você

Os dias estão mais escuros
Meu sol não quer mais brilhar
A face que outrora recebeu seus beijos
Agora so as lagrimas querem beijar
Fico pensando naquela frase
Que não consegui te dizer
E vendo que era impossível
Continuar com você

O toque de um anjo
Destroi meu coração
E como eles, não tenho mais alma
Nem coração
Me machuca a calma
Transforma-me em um novo ser
A dor forma a carne
A tristeza, meu interior
Já não sinto nem me engano
Não me iludo com o amor...

Kléderson Bueno (09/08/2004)

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Olhe pro céu
Tente lembrar
O que foi que eu fiz,
Onde que eu errei...
Como pude te fazer chorar?
Como não consegui te fazer me amar?

Juro que tentei
Quis acreditar
Que um dia seria bom
E tudo enfim
Ia estar em seu devido lugar

Não adiantam promessas
Nem reclamações
Vai doer sim
Posso aguentar...
E tentarei dexar de te amar
Kléderson (03/08/2004 22:40)

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Tá já chega né? Depois eu ponho mais alguma coisa... Isso é pra dizer que eu não estava postando aqui pois estava postando no fotolog ( www.fotolog.net/klederson ). Bom no mais é só... não me sinto muito bem então fiquem com as que já estão prontas... (Se alguem realmente lê isso aqui!) :(
Fazendo um resumo das poesias que eu tenho feito nos ultimos tempos... as que valem a pena (eu acho)

Como o sangue
A vida se esvai
E como se fosse simples
Acordar e sentir a dor de nunca ter nascido
A criança chora
Pois agora está só

O sorriso já não marca a face
Resta apenas o choro e a dor
A tristeza é só mais uma amiga
E insiste em estar sempre presente

Um ser errôneo
Que nunca sabe o que faz
Cambaleia pelos cantos
Perdido
Buscando talvez se encontrar...
Agora esconde o rosto
Tem vergonha do ser que é
Já não ri de tudo na vida
A fotografia já não ve mais nada
E assim sua essência torna-se impura
Onde perduram os sentimentos de dor
Onde até as janelas, flores e rios
Fazem questão de zombar
Pois sabem que não existiu nem existirá...
Um ser tão pisado...
Tão Inferior

Kléderson Bueno (05/09/2004)

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A tristeza é como o vinho
Instala-se sem que você perceba
Logo sua cabeça gira
E tudo mais é apenas cor
Doi, e é mais do que chorar
Sabe-se que dentro destroi o peito
Forçando-nos a gritar

O desespero é mudo
Os gritos só trazem dor
As velhas regam as flores
Onde o silêncio é ensurdecedor
Faz-se das velas um sinal
Do que realmente havia de vir
Ve-se nas telas um mortal
Que anseia logo padecer
E assim vai vivendo
Sem correr nem parar
E assim vai chovendo
Lagrimas de angustia
Que ja não podem ser guardadas
E não merecem ser lembradas
Vejo as mão rejuvenecidas
Mas estão velhas e esquecidas
Pois ninguém há de beijar
A pessoa amaldiçoada
Que está a lhes carregar...

Kléderson Bueno (05/09/2004)

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sábado, setembro 04, 2004

As mágoas passadas nos fazem sofrer
As águas passadas nos mostram o envelhecer
E tudo que é bonito
Já é parte do passado
Resta apenas um grito
Um apelo, um estalo

O mundo sufoca a mente
Gente que come gente
Num antropofagismo insano
Adere-se a carne, aquele gosto profano
De ser bom quando não deveria ser
E chorar quando só deveria doer

A vida segue
Sem nenhum objetivo
Buscando apenas se encontrar
Nas lagrimas secas de mais um mendigo
Ou talvez de um maniaco depressivo
Alguem que procure algo que não conhece
Quem sabe algo que nunca perdeu

São com palavras desconexas
Que escrevo esse poema so meu
Para agradar a voz que fala
Em sussuros ao meu ouvido
E que um cheiro putrido exala
Sinto um frio que já vem vindo

É a morte que me acompanha
Já somos verdadeiros amigos
Com a solidão que perde e ganha
A ausência dos sorrisos...

Kléderson Bueno (04/09/2004)

quarta-feira, setembro 01, 2004

Ultimamente tenho deixado meu blog abandonado... é por falta de tempo mesmo, mas se alguem se interessar ainda continuo postando poesias (quase diariamente) no fotolog... mas vou voltar a postar aqui tb...
http://www.fotolog.net/klederson

Acid

domingo, agosto 08, 2004

Um breve adeus...

Alguem diz se ja foi eficiente
As palavras rotas
De um coração demente
Que se faz por fingir nem ligar
E que se dá sem saber amar
Onde ninguém mais pode escolher
E jamais alguém há de acolher
Pobre ser repartido
Que por vezes falido
Resolveu morrer...

Klederson (08/08/2004 15:53)

Doce sonho

Quem falou que a vida é bela?
Se por vezes foi por ela
Que o homem se esqueceu
Sua essencia...
Na mais fina dormência
Em lágrimas estremeceu

Ao toque de um anjo
Padece o sonhador
E ao som de mil arranjos
Jaz em paz o sofredor
Sorrindo anda sem o medo
De morrer ou afundar
Sabe que breve chega
A hora de desencantar
Va breve sem anseios
Pois há de nutrir os fartos seios
Da morte que vem te buscar...

Klederson (08/08/2004 16:00)

terça-feira, agosto 03, 2004

Por que dizer que foi ilusão?
Foram bons momentos
Se me enganei foi por que quis
Se me enganaste foi por que gostaste
E mesmo assim,
Ainda foi bom...
Meus eternos segundos
Uma felicidade sem fim
E agora vou deixar
Que viva sem mim
E eu sem você
Vou tentar achar o meu lugar

Kléderson Bueno (03/08/2004 22:45)
Olhe pro céu
Tente lembrar
O que foi que eu fiz,
Onde que eu errei...
Como pude te fazer chorar?
Como não consegui te fazer me amar?

Juro que tentei
Quis acreditar
Que um dia seria bom
E tudo enfim
Ia estar em seu devido lugar

Não adiantam promessas
Nem reclamações
Vai doer sim
Posso aguentar...
E tentarei dexar de te amar
Kléderson (03/08/2004 22:40)

segunda-feira, agosto 02, 2004

Nas mais doces curvas
Do teu ser, viajei
E por momentos infinitos
No teu corpo me encontrei
Boca seca, doce amargo
Da suave brisa que toca seus cabelos
E por mais que eu tente
Vai ser dificil superar
A intesa paxão
A dor de te amar
E cada vez que eu penso
Que será melhor assim
Choro e enlouqueço
Pois ainda é aceso
A chama no coração
De quem ainda te ama
Mesmo sabendo que se engana
Ao pensar que um dia podem voltar

Somos almas distantes
Que se cruzaram nos confins
Sou eu, ser errante
De magoas e afins
Que no interior dos seus laços
Encontrou os afagos
E nos beijos tão serenos
Encontrei-me tão pequeno
Que mal pude respirar
Quem dera morrer naquele momento
Pois era um fogo que estava ardendo
Porém sem me queimar
E já não sentia dor sedenta
Que me consome por amar...

Kléderson Bueno (02/08/2004 19:52)
É dor,
Que me consome e arde como tresloucada foice
Rasgando-me do verso a fina fronte
Da macia pele que paira sob o triste peito
Diante, a morte, do meu triste leito
Fazes de mim apenas dor e solidão
Transforma-me no mais triste ser
Que habita a terra
E mesmo sabendo que erra
Ainda deixa-me viver
Por pura zombaria
Pois quem mais divertiria
Alem de um pobre bagaço
Que da façe nem lembram-se os traços
E no peito, bate somente ardor
Do qual a carne,
Durará eternamente
Pois nem mesmo semente
Desse sangue irá brotar
E nem mesmo os vermes
Iriam se arriscar
A tocar tal amaldiçoado
Que por vezes foi surrado
Pela mao fria da dor
E por vezes enganado
Pelo fardo, da palavra... Amor....

Kléderson Bueno (02/08/2004 15:40)
Hoje

Hoje acordei,
Torçendo pra tudo ser diferente
Pra que os tormentos da mente
Fossem apenas mais um sonho sofrido
Que nenhuma lagrima tivesse escorrido
Do coração que já nem bate
Por medo de ter mais dor
Que causa, por consequencia
Da tão louca eloquência
Da palavra amor...

Ai de mim,
Que nasci para ser sonho
E vivi por virar pesadelo
Nas onduras suaves daqueles finos cabelos
Encantei-me de tal forma
Onde restara apenas a sina
De uma abreviação de vida
Ao mais tardar de uma era
Que perdurou por segundos
Aqueles apertos agudos
No peito senti
Era ela,
Que saia do peito de leve
Porém dolorosamente
Levando alma, corpo e mente
Morri

Kléderson Bueno (02/08/2004 15:31)

sexta-feira, julho 30, 2004

Do alto via a fina camada de vida
Que pela via fria da veia
Em sangue negro se escorria
Pelas vielas de tão triste sina

Na calmaria de uma solidão avassaladora
Os calcários olhos me devoravam
Eram sentimentos por vezes experimentados
Que se fundiam em cores e sons
Onde tudo tomava forma
E a dor que ele sentia
Era tão profunda e tão vazia
Que fez pensar no que a alma orna
Ao ver o vitae que nela habitava
O sopro único de uma vida desgastada
Onde tudo que resta é o pó
De uma existência inválida
Guiada por mãos cálidas
Que lhe sentiam apenas, dó...

Por sobrepujar tão impuro espírito
Que renegava a graça do vinho
Que por sua vez se recusava a aceitar
Que aquela criatura
De karma falho, e tão imatura
Viesse por suas taças deleitar
O infame desejo
Que ardia aceso
De uma súplica perversa
O direito de viajar
Para esquecer que foi pérfido
O ser que permitiu tal inepto
Sobreviver mais do que devia
Que vai em paz a alma que jazia
No fundo daquele poço
Que deixou, com corda no pescoço
O corpo que tão triste lhe trazia
Klederson Bueno (30/07/2004 01:39)

terça-feira, julho 27, 2004

Vento

Ao sopro da mais leve brisa
Fez sentir na carne crua
A imensidão da dor que, nua
Buscava saciar a fome
E no mais tardar da fria noite
Ha de estourar o fino coração
Que por incontáveis vezes
Buscou na luz e so encontrou escuridão

Qual este que se diz calmo
Quando das mais ermas uvas faz o vinho
Que há de beber como se fosse sangue
E há de esvair-se como se fosse puro
E dançará ao som leve de uma sinfonia
Que anunciará aos trovões de uma tempestade
A dedicação de uma alma impura
Que por dor há de tornar-se seca
E de seca há de tornar-se fria
E de fria, ja que não lhe resta mais nada
Há de tornar-se tua...

Kléderson Bueno (27/07/2004 14:05)

A dor que consome a alma
E faz rasgar a carne
Deixando escorrer toda a virtude de um ser
Negando a este toda a razão de alegria
De morte, de tristeza e de viver

Faz-se portando arma a arma fria
E o algoz o seu machado afia
Fazendo tremer a mais fina flor
Escorrendo o suor, que se transforma em dor
Feito a triste sina
Do sepulcro cálido em que jazia
Dizendo ser dor o motivo do amor
Tentando ver a tarde
No veneno que sangria
Das petalas daquela vida
Que por mais que tentasse
Era vão todo o esforço
Pois pro fundo do poço
Aquela mão lhe trazia...

Kléderson Bueno (27/07/2004 12:53)

sexta-feira, julho 09, 2004

Essa poesia eu fiz pra minha namorada, pra que todos saibam que eu a amo!!!

Vivian

És tu
Que me encanta com gestos e palavras,
É a mais bela dentre todas as mortais
E eu, mesmo sendo deus, me redimo perante a ti
Por quão grande é minha franqueza
Se me dizes um sim
E por imenso desespero
Quando negas ao menos um não
Por ti arde assim a paixão
Que se consome no ardor do vinho
E se perpetua na doçura do teu olhar
Me leva, e estarei sempre contigo
Estando sempre comigo
E assim, minh’alma é tua
És bela sim
E invejas até a flor
Que descreves o sentimento que sinto
Amor...
Eu modifiquei um pouco essa poesia pra poder declamar no Sarau literario

Realidade

Filhos de um sistema falido
De uma hipocrisia que ronda nossos pensamentos
Vendo um mendigo sentando à calçada
Junto a uma lata vermelha, velha e amassada
Um verme passeia entre as crianças que brincam
E mais uma pessoa morre de fome
Um enorme letreiro dizendo “Jesus Cristo é o Senhor”
Meu? Seu? Senhor de quem?
Não suporto a idéia de alguém ser senhor de alguém
Assumo a posição mais neutra de um lado ou de outro
Encontro-me perdido
Amo-me odiando

Mais uma morte
Dessa vez um tiro acerta uma criança
Quatorze anos, peito estourado, sangue derramado
Sobre a escadaria descansam as lágrimas vermelhas
E lá em baixo o metrô sobre seus trilhos
Que levam e trazem sempre a lugar nenhum

Uma criança abandonada suplica por esmola...
Sob a calçada um jovem acende uma pedra,
Que ninguém sabe de onde vem,
E viaja sozinho pra compensar o desdém
Ascendendo ao seu mundinho feliz
Onde toda essa merda não passa de um pesadelo
Onde a vida já não mais é apenas medo
Gerida por burgueses
Capitalistas estúpidos...
Corruptos!!!
Corruptos!!!
Políticos malditos, se dizem benditos, mas somente ditos
Roubando a comida da boca de uma família que passa fome,
Do bolso do trabalhador, que é despejado de seu barraco
Aglomerando-se à outros, menos humano e mais macaco
Enquanto o alto do morro
Assiste ao mundo dominado pelo caos
E contempla mais um “boyzinho” que sobe o morro por seu “produto”
E lá fora somente as folhas secas caindo das arvores,
Somente o vento de outono...

sábado, julho 03, 2004

Pra que mentir que se ama?
Quando na noite fria...
Quando mais se precisa
A solidão desengana
E esgana na mais tosca face
Quanto mais se esgasse
A dor...

Minha alma anseia por perdão
Minha boca pede o beijos
Do sim e do não
Tentando encontrar no seio
A vontade de viver de novo
E saber que por ser vivo
É que amamos o povo
E que todo o povo faz parte de mim

Quanto mais busco
Mais sinto a vida esvair-se
E quanto mais anseio
Busco no seio nu
A saudade
E a vontade de te encontrar assim
Há tempos que nao te vejo
Nua no meu colo
Enquanto te esgolo
Te parto duas
E enquanto estas nua
Te faço enoitecer...

Klederson Bueno (muito bebado nesse momento!)

domingo, janeiro 11, 2004

Quando se está triste e sente lá no fundo, o limiar entre a dor e a saudade, sabe que a felicidade, que nunca chega, zomba e fere o coração, mesmo que não seja amante, consome tudo e resta somente:

Dor I

Quando se fez cantar a dor
Trevas sobre a minha cova
Escuridão de meu amor
Chega então minha hora
-
Suave brisa não traz
Leva pouco, sempre tudo
Mata lenta, e aqui jaz
Decrépto e só, mudo...
-
Quando as palavras me tocou
Mostrou-me que ainda sofro
Doi o desdém seu, já que sou
Alma caída, o troco
-
Do nada que resta a mim
Felicidade já torta
Não sabe se vem enfim
Ou se beijo a face morta

Kléderson Bueno
11/01/2004