quarta-feira, setembro 08, 2004

Perdi...
Tudo o que tinha
A felicidade veio
Me disse "oi"
E saiu correndo
Me roubando a vida
Roubando meu centro

Repito a toda hora
Que não sei o que sou
Nem o que quero
Apenas o que eu não quero
E o que eu não quero agora...
É dor...
Estou exausto
A voz pérfida da dor
Sussurra ao meu ouvido
Palavras de agonia
Um sentimento desumano
Moradores da mente
E corpo... INSANOS

Pedi ao meu carrasco
Uma execução imediata
Porém ele riu de mim
E tortura-me há séculos
E alegra-se com minha dor

Queria eu
Ter sido menos máscara
E mais humano
Menos amigo
E mais tirano
Eu que por vezes jurei amar
Sem nunca ter sido amado

Ai de mim
Lágrimas vermelhas
Me carreguem pra longe
Me entreguem ao diabo
Mas livrem-me dessa cruz
Livrem-me dessa angustia
Dessa sina sofrida
Dessas marcas nas costas
De tando levar pancada
Dizei-me o que for
Mas tirai-me daqui
Peço-te
Suplico-te
...
Mate-me

Kléderson Bueno (08/09/2004)

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