quarta-feira, setembro 22, 2004

Alguem hoje me disse
O quão finita era a graça
Mostrou-me um novo céu
Onde só reinava a desgraça
E foi dessa tentativa
De unir-me ao infinito
Que tornei-me um só
Afim de reaver todas as coisas
Que jamais tive
E de perder todas as outras
As que eu conseguir obter

É por não pensar simples
Que torno me tão multiplo
E por não ser tão puro
Transfome-me em sólido
Fragil, uma rara peça de cristal
Tão inútil quanto a propria existência
Onde está ali para ser belo
Porém quebrado
É apenas o lixo
Que não espera agrado
Nem sonha em atender
As ânsias da alma
Nem mesmo compreender
O que diz a calma
Da leveza
Da beleza
De morrer...

Kléderson Bueno (22/09/2004)

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