quinta-feira, novembro 04, 2004

Bush

O sangue corre pelo asfalto
Queimam as velas num saguão
E passam mais soldados...
Dessa vez são tiros
Que ecoam ao invés de vozes
E explosões povoam meus ouvidos
Onde o choro corroi minhas preces

E mais um corpo se estente pelo chão...

Carros, cordas, corpos, mortas...
Crianças estiram-se sobre as escadas
E no rastro do suplício em sangue
Ve-se a fotografia de um mcPalhaço
Doutrina do emburrecimento
De um mundo, da propria nação
Com um time próprio de assassinos
Esperando a proxima missão...

Mas a bolsa rende dividendos
Hoje foram as empresas armamentistas
Vendendo morte, como nunca
Fomos um estado, um país, um mundo...
Agora já não somos nada

E mais um corpo se estente pelo chão...

Na mente resta apenas o sentimento
O desespero e uma vã esperança
De um dia acordar sorrindo
Sem pesadelos, nem tanta dor...
Num mundo menos cruel
Onde não exista nem inferno nem céu
E a vida seja apenas... Vida...

Kléderson Bueno Bezerra da Silva (03/11/2004)

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** Todo imperio cai sim...
Um dia...
Infelizmente podemos não ver o fim
Ou ver O FIM

Esperamos por justiça
Enquanto lamentamos a escuridão
Juntamos corpos
Empilhamos destruição...

Tudo em prol do dinheiro
Corrupção da essência do ser
Tudo no arrebol de mais um dia
E no fim tudo vai escurecer

Mas cada dia é um dia
E quem sabe quem é o próximo a morrer?
Será o Cowboy?
Ou mais milhares de inocentes como eu e você?

E por mais um dia a criança chora
E estamos aqui nós
Aguardando o entardecer...
De uma nova era
De um novo tempo parar morrer...

Kléderson Bueno (04/11/2004)

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