sábado, novembro 20, 2004

Sentido de ser

O ser que se consome
Na pratica de um arder sem dor
Onde lhe negam até o sono
Onde o sonho
É seu amigo, e maior pavor

A realidade se esvai
E resta apenas um sopro de vida

Onde o tudo
Se preenche de nada
E o vazio faz-se obscuro
Vazando-lhe sons
De sabor infinito
Na inquietude da mente
Que insandecida povoa-lhe o coração
..
És em mim que arde esse sentimento
Que se confunde com a vontade de não ser
E o existir torna-se simplesmente caotico
Na teoria existencial da inexistencia total
De um circo sem palhaço
De onde tudo há de vir
E para onde deverá ir
Sem dor...
Sem dó...

Da piedade que lhe resta...
Guarde tudo para si
Pois é nessa alma falida
Que se encontarão as feridas
De viajar sem ser...
Aguardando apenas uma saida
Para um dia que vai chover

Numa esquina da vida te encontrarei
Talvez seja eu que peça esmola
Talvez seja você
Mas no fim das contas...
Nossas vidas sempre se encontrarão...

Kléderson Bueno Bezerra da Silva (20/11/2004)

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