segunda-feira, agosto 28, 2006

Flores, Vermes e retardados

Se possível explicar
As cores desta mazela
Do sangue e das velas
Que estão a salpicar
Nas janelas dos sobrados
Porcos e vermes nada encantados
Conseguiriam te mostrar

O baixo breve tom de pele
Do frio insano de tal neve
Cria-se torno a torturar
A mão que dava e retirava
O prazer a dor e o pesar
Ao momento em que atirava
A si própria àquele mar
Fez então entender
A vontade que só ela tinha
Que nessa vida que definha
Só pensou um pouco amar
E aos estragos já causados
Espinhos e rasgos cauterizados
Este veio à abrir
Cada um à teus bocados
Vermes, flores e retardados
Aos poucos hão de vir
Vermes, flores e retardados
Pouco a pouco a despedir
Vai, vai vai...

Quarto quarto

Num estado que só ela
Fez assim pestanejar
Que há sobrado só mazela
Para a noite te contar

Tão vazio o quarto dela
Tão vazio o quarto dela

Sente-se e acomode-se
Vem assistir o terremoto
De momentos sem remorso
Da vida que só ela
Consegue explicar

Tão vazio o quarto dela
Tão vazio o quarto dela

E pouco a pouco extende-se
Numa bruma de além mar
Para o mar que nunca remo
Para o mar de enganar
E lá, nessa areia insana
Cidade profana
Não há ela de pisar

Tão vazio o quarto dela
Tão vazio o quarto dela

mate-se

À rima torta e inerente
Tão distinda e inconsequente
Atar-se-á a tais correntes
Para não mais se suicidar
De forma bela e tão singela
Tão fogosa e tão sincera
De tentar se extinguir
Mas é forte tal donzela
Tão maluca que só ela
Acabar-se-á por fim
Arrebentando as paredes
e fugindo da propria fuga
Há novamente de existir
E por mais vezes há de tentar
À sua fraqueze (e beleza) extinguir

sexta-feira, agosto 25, 2006

We have a winner

I don't give a fuck
Pretending be someone else
I'll cach the taxi
I would like to hurt
To hurt you
And to hurt myselft
If you come back
I'll say: No thanks, please the next
And if you stay home
I can give you one more money
Just keep watching
You lose yourself
Just keep losing
Maybe i can win else
Just keep losing
You lose me
And i lose myself

Rápido, Rápido!

Agulhas e pecados
Tormentas e tornados
Cada um para o seu lado
E vamos embora daqui

Rápido, Rápido!!!

Pretty tiny lady

You play this song
I make it wrong
I scape from you
And you let me behind
Just keep singing
In my sick mind

Pretty tiny lady
Strange shine lazy

It's not right
I cant see the bright
I saw a thing
What i left behind

Pretty tiny lady
Strange shine lazy

I don't have to feel
Your heart is steel
I try to find
You make me blind

Pretty tiny lady
Strange shine lazy

I give you kiss
You let me this
Sparking my soul
And you told me so
But i don't have to blow

Pretty tiny lady
Strange shine lazy

Did you like to hurt?
Then hurt me!
Did you like to left?
Then leftme!
Did you like to love?
Then love me...

nothing else

A kiss and a hold
Rock and folk
Peace, i told
So blow me!

A steak of meat
A strange i meet
This fuck day latter
So blow me!

Recomponha-se

Se contar-te-ei histórias tolas
Revelar-te-á rainha de coroas
Pobre e despejada
Sob uma tristeza velada
E os olhos de um Faquir
Atenta e violenta
Como a calmaria que há por vir
E insanamente bela
Caricatura e mazela
A dor que só ela
Conseguiu gerir (e gerar)
Aparte as partes
Tão descontentes
Que se submente às correntes
Para parar de gritar
E tão inconsequentes
Que põe-se a chorar
Mágoas minguadas
Estranhas, estilhaçadas
Sem nó o pó
Que por tempo consumia
Em vez de ser consumido
E sem avisar foi substituido
Por essa vontade de brincar
Fingir não ter cinza nas horas
E fugir...
Pra nunca mais voltar...

Next Spring

Each word
And no sense
Each part
And no sense
Feel a hart
And no sense

Bring and stay
A fake rose
A strange way
A ancient love
And a fucking day

Spring, look at the flowers
Sing, and make yours own towers
In your way
In your way
Keep close
Do not stay away

Minha cama

Insana!! Insana!!
As palavras que saem de ti
Profana!! Profana!!
Os desejos que te fazem rir
O despejo dos desesperados
Enganados!! Enganados!
Tentam me iludir
Pobres coitados
Passar-se-ão a noite a fugir
No puir de teus sobrados
Armados!! Armados!!
Como a noite a rugir
Sentados e cansados
Cada segundo por vir
Intragável e triturados
Pedaço por pedaço
A carne viva de ti

Insana!! Insana!!
Cortinas e roldanas
Cada cenário do povir
Sob as camas
O incesto e ao sucumbir
A tal disvirtuosa fama
Insana!! Insana!!
Foge e sai daqui!

quarta-feira, agosto 23, 2006

In Sônia

Se a vida fosse só palavras
E se o mundo girasse em torno de ti
Ainda assim, ainda assim seriam só palavras
Versos soltos, ao léo
Ao vento
E o vento?
Que sobre teus cabelos sopra
Que me traz teu cheiro todos os dias
E que me assusta a noite
(sim o barulho que faz)
Me faz pensar que estás voltando
Mas nunca volta

Sim

E eu
Com essas garrafas
A cabeça ainda gira
Todo o corpo dói
As agulhadas de ontem a noite
Dadas por ti e por mais ninguém
Negam-me a paz, tratam-me com desdém
Dadas por ti e por mais ninguém

O gosto esmaltado sobe à boca
O cheiro a náusea e de repente
Meu coração se enche profundamente
De uma demasiada alegria
De tão inesperada euforia
E eu sinto-me próximo à morrer
Eu preferia morrer ao voltar desse momento
Eu preferia morrer à voltar para realidade
Tão cruel como as horas seguintes
Mais cruel que os dias que hão por vir
Cruel, cruel, cruel...

Você desaparece lentamente
Deixando a porta aberta ao sair
Promete voltar como sempre
Me deixando o sangue que cuspi
As mãos trêmulas
Estou aqui, olho ao redor
E só o frio, comigo noites a fio
Me despeço e você entra novamente
Dizendo palavras mudas e sutis
Repetidamente até o fim
Da noite, da vida, ou de ti

Por que eu?
Por que eu?

I told you so!

She warning me
And all of us
She hurted me
And all of us
She run of me
And all of us
She droped me
And all of us
She fight with me
And....
With all of us
She get alone
And the same
To all of us

sexta-feira, agosto 18, 2006

poesias de orkut

mesmo assim sabendo que errar é inevitável
eu faço a minha parte
torno-me mais vil e menos amável
menos sutil e mais detestável
a cada verso
a cada verso
encontro uma razão para crer nisso mais e mais
e o nilismo?
bom há por vir de descobrir
cedo ou tarde vai perceber
é só procurar... enfim...
como as estrelas estão distântes
vais me achar em algum lugar
entre o chão e o mar...
Lá vem a calma, passa, vai, volta, turbilhao de sentimentos, idéias... Brian Molko lamenta ao fundo seus vinte anos, todas as coisas q perdeu. Já esse ser fica ali, parado, ouvindo, lembrando... Milhares de coisas passam à sua frente, numa manada de imagens e sensações, tenta limitar a dor, mas seu coração aperta, acelera, a garganta seca quase que instantâneamente, lembra de cada lugar, cada coisa, sente o cheiro, o frio, toda aquela umidade, aquela casa enorme, vazia, o gato enlouquecendo num canto, e ele enlouquecendo no outro, perdendo à si próprio de forma lenta e dolorosa.

Olha para os lados - Não, não estou mais lá! - mas ainda assim a lembrança corrói lentamente, e a única coisa capaz de faz-lo superar isso já não é mais, ou pelo menos ele não encontrou. O telefone toca, ele se recusa a atender, insiste em tocar, tocar, tocar e aquele som o perturba, sente seu coração pesado, ainda mais pesado, promessas não cumpridas, desejos reprimidos e uma voz rouca.

Ele sabe que vai reviver isso eternamente, esteja onde estiver, tornou-se um ser estraho, incapaz de amar outra pessoa, ser amargo, ser inócuo, infértil, infeliz... ainda mais infeliz do que antes. Pensa se o errado foi tentar fazer tudo ficar bem, ou se foi a falta de amor próprio... Pobre dele... pobre dele..

Ela passa lentamente sob os olhos de sua lembrança, enquanto ele fecha os olhos para não ver, mas imagem se torna ainda mais nítida, ele sufoca, grita, anseia por um furador de gelo para for fim àqueas imagens, pede por um fim trágico mas eficaz, já está velho e cansado, não quer mais brincar de gato e rato, apenas quer dormir, muito e intensamente, quem sabe pra sempre.

...

I can't
I can't breath
I can't stay
I can't fix
Fix all this pain away
I`m broken, was stoled
I'll survive, i know...
But i don't want to do.

Smash!
Destroy my head
Fuck my brain
Make me insane
Again, again and again...

quinta-feira, agosto 17, 2006

Essa mente vazia

Queria eu recuperar a sanidade, breve e relativa, de um ser que nunca fui, e que provavelmente nunca serei (pobres aspirações). Essa relatividade insana, corrói, destrói e me faz pensar que jamais serei o mesmo, nem perto, mesmo se nunca fui agora é tarde, já não consigo mais voltar. A fumaça do cigarro, as cores pálidas das luzes se apagando ao fim da festa, e toda a embriaguêz da vida, esse sou em, personificado em noite... à noite... enfim.

Queria também um pedaço daquele coração, vazio, mas pulsante, ignorante e repugnante, se fazendo de bobo, para si mesmo invejar mas no fundo só desejando parar e parar e parar, nunca mais fazer isso novamente, nada disso, voltar a ser pessoa inocente, sem tantas malicias. Mas agora, já é tarde, a festa acabou, o bar fechou, as drogas estão no fim, e o que resta de nós? Acompanhados ou sós, sóbrios ou sobre pós, enfim, o que resta de nós, nem sequer sabemos, de onde viemos, pra onde iremos, só sabemos que é mais uma noite, plagiada pela nossa vida, ou plagiando a nossa vida, num rodamoinho de loucuras e sensações que iremos guardar com cuidado, para nunca mais sentir, ver, ou cheirar, bem... talvez cheirar, mas somente pra esquecer, e quando esquecer, deitar, dormir e errar tudo novamente.

Strange Apple

Inside each piece
Of your insane heart
I see my blood
Dressed red

Like a strange apple
Like a strange apple

And all my dream became true
But nightmares became too
So this night, i'll meet who?
Another person like you?

Like a strange apple
Like a strange apple

And we walk
Side by side
Without look
Without look behind
Just close your eyes...
And walk 'n walk

Like a strange apple
Like a strange apple

quarta-feira, agosto 02, 2006

Que noite!

Ainda guardo a imagem na mente, o corpo começando a balançar cabelos dela ao vento, fumaça, alcool e gente, muita gente, mas só via ela. Me parecia muito menor aquela noite, talvez sempre tenha sido, apenas meu ponto de vista mudou. Definitivamente algo mudou, já não admiro, sinto pena, já não estamos em um Hall of Mirros, estamos na mesma cena. Ela a dançar, a fugir, a jogar... brincar? Talvez... mas simplesmente involuindo, jogada aos proprios restos, restos criados por ela, nesse buraco que não tem fim e mesmo assim, ainda a observava e desejava (como a desejava!) mas como a noite isso foi passando e o fogo se apagou tão subitamente, que só mostrava-se quente para não matar minha existencia.

Ela caminha em direção ao carro, preto, imponente, e ela tão pequena, some ao fechar a porta, para nunca mais... Sim vou sentir falta, mas o mais sensato aconteceu, somos dois, distantes, totais desconhecidos, não reconheço nela a pessoa que me apaixonei, mas guardo algo bom e algo ruim. Sentimentos estranhos, eu devia estar acabado, mas não, me sinto bem, seguro, feliz jamais, mas confiante, mesmo que tudo ainda me lembre ela e mesmo esquecendo tenho ela em tudo que vejo, como e toco... incontentemente sádica é a vida, e mesmo sem lembrar lembro dela o tempo todo...

terça-feira, agosto 01, 2006

My Hero

There's someone special
We said a lot of things
I play with fire, a equation
No direction
I clame her to bring...

I fly, i travel
I`m stone, in a wood
Why you're so sad my hero?
Why?

She drop me down
She call me a clown
We play, we cry
I told many lies
What's is worng with me sweetness?

Why you're so sad my hero?
Why?

I told you so
We start to blood
You say dont know
We stop breath

Why you're so sad my hero?
Why?

We summon our own devils
You say you're afraid
I say: look at the hills
I say everthing will be ok

I told you so
We start to blood
You say dont know
We stop breath

Why you're so sad my hero?
Why?


(Klederson Bueno)