quarta-feira, setembro 22, 2004

Alguem hoje me disse
O quão finita era a graça
Mostrou-me um novo céu
Onde só reinava a desgraça
E foi dessa tentativa
De unir-me ao infinito
Que tornei-me um só
Afim de reaver todas as coisas
Que jamais tive
E de perder todas as outras
As que eu conseguir obter

É por não pensar simples
Que torno me tão multiplo
E por não ser tão puro
Transfome-me em sólido
Fragil, uma rara peça de cristal
Tão inútil quanto a propria existência
Onde está ali para ser belo
Porém quebrado
É apenas o lixo
Que não espera agrado
Nem sonha em atender
As ânsias da alma
Nem mesmo compreender
O que diz a calma
Da leveza
Da beleza
De morrer...

Kléderson Bueno (22/09/2004)

domingo, setembro 19, 2004

Sorria...
Mais um pouco
Deixe as lágrimas
Secarem do seu rosto
E viva...
Lute
Pois é da luta que se obtem vitorias
E nas vitórias
Pequenas glórias
Que poderão nos confortar
Na hora do cansaço
Poderão nos levantar
Beije
E sinta o calor que emana
Da carne
Da fervura da boca humana
E sinta que nem sempre está só
Que não envelheceste
Apenas não tiraste o pó
Que paira sobre sua roupa
Numa dança louca
Quer sair
Se despir
Como numa musica leve
Que você se entregue
A mais uma risca de giz
Tentando... apenas
Ter um momento feliz...

Kléderson Bueno (18/09/2004)

quinta-feira, setembro 09, 2004

Estou só

Eu sei que é tolice
Querer alguém q muito te fez sofer
Eu seí que é burrice
Escrever isso para ninguem ler
Mas doi
Algo mais forte que eu
Muito... doi
A dor de perder um outro eu
A tristeza de perder alguém amado
E para os abutres ser deixado
Por não conseguir amar mais ninguém

Choro
Mas dizem que homem não chora
Porém não sinto nem gosto nem cor
Choro por que quero mesmo não querendo
E me odeio por isso assim
Me odeio por odiar amando
Me odeio por esquecer de mim
Me odeio por estar aguardando
Me odeio por não quero o fim

Não tenho esperança de nada
Apenas sou uma alma
Suja e desgastada
De tanto sofrer por quem não quer

Sei que não devia estar aqui
E partir seria bem melhor
Mas temo ficar longe de ti
Temo ficar perto... tudo é pior
Amo-te por que não consigo odiar-te
Odeio-me por que não consigo esquecer-te
Lembro de tudo
E TUDO me faz lembrar você
Desde a agua que escorre pelo meu rosto já molhado
Ou por um desenho, mesmo que borrado
Por um suspiro que dou
Sempre lembro de ti
Em tudo que vejo
No ar que eu respiro
Estou me sufocando
Pois já não tenho nada
Nem mesmo o ar é meu
Nem mesmo minha vida é minha
E escrevo com lágrimas esse poema
Não para que alguem tenha pena
Mas por que achei melhor assim
Por nas palavras o que estou sentindo
Pois já não me minto
Não estou mais sorrindo
E só quero
Um veneno ter
Algo que me leve rápido
E rezo para que num momento de lapso
Antes de morrer...
Eu não pense em nada...
Pois TUDO...
TUDO.............
Me faz lembrar você

Kléderson Bueno

quarta-feira, setembro 08, 2004

Perdi...
Tudo o que tinha
A felicidade veio
Me disse "oi"
E saiu correndo
Me roubando a vida
Roubando meu centro

Repito a toda hora
Que não sei o que sou
Nem o que quero
Apenas o que eu não quero
E o que eu não quero agora...
É dor...
Estou exausto
A voz pérfida da dor
Sussurra ao meu ouvido
Palavras de agonia
Um sentimento desumano
Moradores da mente
E corpo... INSANOS

Pedi ao meu carrasco
Uma execução imediata
Porém ele riu de mim
E tortura-me há séculos
E alegra-se com minha dor

Queria eu
Ter sido menos máscara
E mais humano
Menos amigo
E mais tirano
Eu que por vezes jurei amar
Sem nunca ter sido amado

Ai de mim
Lágrimas vermelhas
Me carreguem pra longe
Me entreguem ao diabo
Mas livrem-me dessa cruz
Livrem-me dessa angustia
Dessa sina sofrida
Dessas marcas nas costas
De tando levar pancada
Dizei-me o que for
Mas tirai-me daqui
Peço-te
Suplico-te
...
Mate-me

Kléderson Bueno (08/09/2004)

segunda-feira, setembro 06, 2004

Quando a noite cai
Vem o sonho a nos velar
Aproxima-se o fino véu
Que nos separa do desconhecido
E sentimos que tudo fica belo
Onde a vida se separa do real
E podemos ser felizes
Mesmo que por alguns instantes

Um beijo angelical
Nos leva a um mundo surreal
Onde a realidade se confunde com o ser
Onde a alma faz parte de um só ser
E tudo acontece como deveria acontecer
Assim fechando o ciclo de vida de morte

Ao adormecer
Sentimos a mão da morte que nos guarda
Assegurando sua posse
Ninguém nos ama mais que ela
Pois é a unica certeza que temos na vida
E de quem iremos encontrar
Ela estende sua mão
Nos tira o medo
A razão
A dor...

Suba
Faça esse último voo comigo
Abraçe-me e sinta o coração pulsar
Sinta esse amor que bate forte no peito
Amor que você quis recusar
Vamos
Pule comigo nesse abismo
Sintamos que não estamos tão sós
Pois temos a imensidão de todos os mundos e um pouco mais
Vivamos como se fossemos pó
Pois é dele que viemos
E a ele que iremos retornar

No sábio conhecimento de quem não diz nada
Atravessamos mais essa noite
Sonhamos mais uma vez
Sob o olhar calmo da morte
Que com suas mão cálidas nos defende
Nos aguarda
E nos ama...
Vem... ...

Kléderson Bueno (06/09/2004)

domingo, setembro 05, 2004

Fazendo um resumo das poesias que eu tenho feito nos ultimos tempos... as que valem a pena (eu acho)

Como o sangue
A vida se esvai
E como se fosse simples
Acordar e sentir a dor de nunca ter nascido
A criança chora
Pois agora está só

O sorriso já não marca a face
Resta apenas o choro e a dor
A tristeza é só mais uma amiga
E insiste em estar sempre presente

Um ser errôneo
Que nunca sabe o que faz
Cambaleia pelos cantos
Perdido
Buscando talvez se encontrar...
Agora esconde o rosto
Tem vergonha do ser que é
Já não ri de tudo na vida
A fotografia já não ve mais nada
E assim sua essência torna-se impura
Onde perduram os sentimentos de dor
Onde até as janelas, flores e rios
Fazem questão de zombar
Pois sabem que não existiu nem existirá...
Um ser tão pisado...
Tão Inferior

Kléderson Bueno (05/09/2004)

-----//------

A tristeza é como o vinho
Instala-se sem que você perceba
Logo sua cabeça gira
E tudo mais é apenas cor
Doi, e é mais do que chorar
Sabe-se que dentro destroi o peito
Forçando-nos a gritar

O desespero é mudo
Os gritos só trazem dor
As velhas regam as flores
Onde o silêncio é ensurdecedor
Faz-se das velas um sinal
Do que realmente havia de vir
Ve-se nas telas um mortal
Que anseia logo padecer
E assim vai vivendo
Sem correr nem parar
E assim vai chovendo
Lagrimas de angustia
Que ja não podem ser guardadas
E não merecem ser lembradas
Vejo as mão rejuvenecidas
Mas estão velhas e esquecidas
Pois ninguém há de beijar
A pessoa amaldiçoada
Que está a lhes carregar...

Kléderson Bueno (05/09/2004)

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Eu sei que a dor toca,
Tão vibrante quanto o som das arvores
Que balançam livremente
Sob o amargor do vinho
E bailam como se fossem fadas
Sob a flor e o espinho

Suba
Viaje comigo so mais uma vez
E diga que tudo isso é sonho...
Apenas um sonho,
Que não sou quem vejo agora
E que essa tristeza
Era apenas mais uma imaginação
Diga que esses versos são imaginários
E que nunca escrevi nada disso sequer
Diga-me que nunca fui poeta
E nunca liguei pro que seria
Mostre-me então o paraiso
Com uma doce voz
Que mesmo fria há de me satisfazer
Quero contigo,
Ó bela morte,
Adormecer...

Assim veremos os dois
Que vencemos a guerra
E que a tregua tão almejada
Por muitas vezes indesejada
Há de vir com os bons ventos
E como diria o poeta
"Como posso dizer o que serei,
Se nem mesmo sem quem sou..."
E em tão sabias palavras
Termino esse poema
De palavras vazias e pequenas
Como a alma de alguem que sonha
E com anseios apenas...
Busca findar a dor.

Kléderson Bueno (01/09/2004)

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Quando meu sorriso
Se desfez
Senti a alma vazia
Como se fosse a primeira vez
E como se fosse a primeira vez
Doeu tanto
Tentei lhe explicar
Mas ninguem me ouvia
Eu sei nada tem sentido
Preciso de alguém pra conversar
Alguem que talvez nem exista
E assim eu possa confiar
Não existo
Se existo não sou nada
Mesmo ainda sendo nada não vejo ninguem
E assim ninguem me ve

Parece um pouco mais que dor
Parece não existir paz
Em um ser que não se acha
Gira estando no mesmo lugar
Percebe que a vida é mais simples
Mas mesmo assim absorve a dor do mundo...

O mundo, que nada lhe fez
Alem da imensa solidão
E das súplicas por amor
Muito além da voz
E ainda mais do que qualquer coisa
Que me fizesse pensar
Pensar...
Estou tão cansado disso
A razão me trouxe a dor
E sem ambas não consigo viver
Estou fadado ao fracasso
Como ser...
Como poeta...
Como amante...
E no fim,
Restam as cinzas
Que esqueceram de jogar ao vento
Que continuam ali
Esperando você chegar...

Kléderson Bueno Bezerra da Silva (31/08/2004)

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As aparências,
Tantas vezes enganam
Que é facil confundir
A dor daqueles que amam
Como uma fina flor que desabrocha
Faz nascer no peito a angustia
Crescendo por entre daninhas o anseio
De ver-te minha em meu colo
Casualidade, talvez infamia
Da putricidade de todas as coisas
Dos sofrimentos de almas perdidas
Que encontram aqui refugio
Onde trazem-me a dor
Sem saber se aceito
E levam o amor
Que restou no meu peito

Kléderson Bueno (29/08/2004)

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Deite
Adormeça nos meus braços
Ouça o som que sai do meu peito
Como batidas em um ritual
Como um Banzo, se despedindo de quem faleceu

Um anjo caído
Com suas negras asas
Descansa sob a lápide cálida
Sob as profundas mágoas
De um dia ter acreditado
No amor incondicional
Por um tia ter escutado
O profano da voz infernal
Onde me sacia o cálice
De sangue que hei de tomar
E me padece a carne
Que a dor sempre vem beijar...

Vem e viaja comigo
Sinta o sangue correr
Veja as flores caindo
Onde o sol vai morrer
E essa noite é apenas nossa
Vamos por esse corredor
Que é só nosso
E vivo por onde eu posso
Vivo para morrer...

Kléderson Bueno (10/08/2004 20:15)

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Mentiras

A mentira dos olhos
Está na falsidade da alma
Onde a sina dos tolos
Reflete a imensidão da calma

Por consequência
É na face nua
Que a verdade crua
Encontra a essência
E por uma imensidão de sims e nãos
Encontram-se as mãos
Que hão de tapar os olhos
Para que a luz já não machuque
Para que eles nunca mais mintam...

Kléderson Bueno 19/08/2004

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A chuva bate na janela
O vento sopra e me faz tremer
Frio, o corpo toca
Sinto falta de você

Os dias estão mais escuros
Meu sol não quer mais brilhar
A face que outrora recebeu seus beijos
Agora so as lagrimas querem beijar
Fico pensando naquela frase
Que não consegui te dizer
E vendo que era impossível
Continuar com você

O toque de um anjo
Destroi meu coração
E como eles, não tenho mais alma
Nem coração
Me machuca a calma
Transforma-me em um novo ser
A dor forma a carne
A tristeza, meu interior
Já não sinto nem me engano
Não me iludo com o amor...

Kléderson Bueno (09/08/2004)

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Olhe pro céu
Tente lembrar
O que foi que eu fiz,
Onde que eu errei...
Como pude te fazer chorar?
Como não consegui te fazer me amar?

Juro que tentei
Quis acreditar
Que um dia seria bom
E tudo enfim
Ia estar em seu devido lugar

Não adiantam promessas
Nem reclamações
Vai doer sim
Posso aguentar...
E tentarei dexar de te amar
Kléderson (03/08/2004 22:40)

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Tá já chega né? Depois eu ponho mais alguma coisa... Isso é pra dizer que eu não estava postando aqui pois estava postando no fotolog ( www.fotolog.net/klederson ). Bom no mais é só... não me sinto muito bem então fiquem com as que já estão prontas... (Se alguem realmente lê isso aqui!) :(
Fazendo um resumo das poesias que eu tenho feito nos ultimos tempos... as que valem a pena (eu acho)

Como o sangue
A vida se esvai
E como se fosse simples
Acordar e sentir a dor de nunca ter nascido
A criança chora
Pois agora está só

O sorriso já não marca a face
Resta apenas o choro e a dor
A tristeza é só mais uma amiga
E insiste em estar sempre presente

Um ser errôneo
Que nunca sabe o que faz
Cambaleia pelos cantos
Perdido
Buscando talvez se encontrar...
Agora esconde o rosto
Tem vergonha do ser que é
Já não ri de tudo na vida
A fotografia já não ve mais nada
E assim sua essência torna-se impura
Onde perduram os sentimentos de dor
Onde até as janelas, flores e rios
Fazem questão de zombar
Pois sabem que não existiu nem existirá...
Um ser tão pisado...
Tão Inferior

Kléderson Bueno (05/09/2004)

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A tristeza é como o vinho
Instala-se sem que você perceba
Logo sua cabeça gira
E tudo mais é apenas cor
Doi, e é mais do que chorar
Sabe-se que dentro destroi o peito
Forçando-nos a gritar

O desespero é mudo
Os gritos só trazem dor
As velhas regam as flores
Onde o silêncio é ensurdecedor
Faz-se das velas um sinal
Do que realmente havia de vir
Ve-se nas telas um mortal
Que anseia logo padecer
E assim vai vivendo
Sem correr nem parar
E assim vai chovendo
Lagrimas de angustia
Que ja não podem ser guardadas
E não merecem ser lembradas
Vejo as mão rejuvenecidas
Mas estão velhas e esquecidas
Pois ninguém há de beijar
A pessoa amaldiçoada
Que está a lhes carregar...

Kléderson Bueno (05/09/2004)

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sábado, setembro 04, 2004

As mágoas passadas nos fazem sofrer
As águas passadas nos mostram o envelhecer
E tudo que é bonito
Já é parte do passado
Resta apenas um grito
Um apelo, um estalo

O mundo sufoca a mente
Gente que come gente
Num antropofagismo insano
Adere-se a carne, aquele gosto profano
De ser bom quando não deveria ser
E chorar quando só deveria doer

A vida segue
Sem nenhum objetivo
Buscando apenas se encontrar
Nas lagrimas secas de mais um mendigo
Ou talvez de um maniaco depressivo
Alguem que procure algo que não conhece
Quem sabe algo que nunca perdeu

São com palavras desconexas
Que escrevo esse poema so meu
Para agradar a voz que fala
Em sussuros ao meu ouvido
E que um cheiro putrido exala
Sinto um frio que já vem vindo

É a morte que me acompanha
Já somos verdadeiros amigos
Com a solidão que perde e ganha
A ausência dos sorrisos...

Kléderson Bueno (04/09/2004)

quarta-feira, setembro 01, 2004

Ultimamente tenho deixado meu blog abandonado... é por falta de tempo mesmo, mas se alguem se interessar ainda continuo postando poesias (quase diariamente) no fotolog... mas vou voltar a postar aqui tb...
http://www.fotolog.net/klederson

Acid