terça-feira, julho 27, 2004

Vento

Ao sopro da mais leve brisa
Fez sentir na carne crua
A imensidão da dor que, nua
Buscava saciar a fome
E no mais tardar da fria noite
Ha de estourar o fino coração
Que por incontáveis vezes
Buscou na luz e so encontrou escuridão

Qual este que se diz calmo
Quando das mais ermas uvas faz o vinho
Que há de beber como se fosse sangue
E há de esvair-se como se fosse puro
E dançará ao som leve de uma sinfonia
Que anunciará aos trovões de uma tempestade
A dedicação de uma alma impura
Que por dor há de tornar-se seca
E de seca há de tornar-se fria
E de fria, ja que não lhe resta mais nada
Há de tornar-se tua...

Kléderson Bueno (27/07/2004 14:05)

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