sexta-feira, agosto 25, 2006

Recomponha-se

Se contar-te-ei histórias tolas
Revelar-te-á rainha de coroas
Pobre e despejada
Sob uma tristeza velada
E os olhos de um Faquir
Atenta e violenta
Como a calmaria que há por vir
E insanamente bela
Caricatura e mazela
A dor que só ela
Conseguiu gerir (e gerar)
Aparte as partes
Tão descontentes
Que se submente às correntes
Para parar de gritar
E tão inconsequentes
Que põe-se a chorar
Mágoas minguadas
Estranhas, estilhaçadas
Sem nó o pó
Que por tempo consumia
Em vez de ser consumido
E sem avisar foi substituido
Por essa vontade de brincar
Fingir não ter cinza nas horas
E fugir...
Pra nunca mais voltar...

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