segunda-feira, agosto 28, 2006

Quarto quarto

Num estado que só ela
Fez assim pestanejar
Que há sobrado só mazela
Para a noite te contar

Tão vazio o quarto dela
Tão vazio o quarto dela

Sente-se e acomode-se
Vem assistir o terremoto
De momentos sem remorso
Da vida que só ela
Consegue explicar

Tão vazio o quarto dela
Tão vazio o quarto dela

E pouco a pouco extende-se
Numa bruma de além mar
Para o mar que nunca remo
Para o mar de enganar
E lá, nessa areia insana
Cidade profana
Não há ela de pisar

Tão vazio o quarto dela
Tão vazio o quarto dela

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