segunda-feira, agosto 28, 2006

Flores, Vermes e retardados

Se possível explicar
As cores desta mazela
Do sangue e das velas
Que estão a salpicar
Nas janelas dos sobrados
Porcos e vermes nada encantados
Conseguiriam te mostrar

O baixo breve tom de pele
Do frio insano de tal neve
Cria-se torno a torturar
A mão que dava e retirava
O prazer a dor e o pesar
Ao momento em que atirava
A si própria àquele mar
Fez então entender
A vontade que só ela tinha
Que nessa vida que definha
Só pensou um pouco amar
E aos estragos já causados
Espinhos e rasgos cauterizados
Este veio à abrir
Cada um à teus bocados
Vermes, flores e retardados
Aos poucos hão de vir
Vermes, flores e retardados
Pouco a pouco a despedir
Vai, vai vai...

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