quarta-feira, agosto 02, 2006

Que noite!

Ainda guardo a imagem na mente, o corpo começando a balançar cabelos dela ao vento, fumaça, alcool e gente, muita gente, mas só via ela. Me parecia muito menor aquela noite, talvez sempre tenha sido, apenas meu ponto de vista mudou. Definitivamente algo mudou, já não admiro, sinto pena, já não estamos em um Hall of Mirros, estamos na mesma cena. Ela a dançar, a fugir, a jogar... brincar? Talvez... mas simplesmente involuindo, jogada aos proprios restos, restos criados por ela, nesse buraco que não tem fim e mesmo assim, ainda a observava e desejava (como a desejava!) mas como a noite isso foi passando e o fogo se apagou tão subitamente, que só mostrava-se quente para não matar minha existencia.

Ela caminha em direção ao carro, preto, imponente, e ela tão pequena, some ao fechar a porta, para nunca mais... Sim vou sentir falta, mas o mais sensato aconteceu, somos dois, distantes, totais desconhecidos, não reconheço nela a pessoa que me apaixonei, mas guardo algo bom e algo ruim. Sentimentos estranhos, eu devia estar acabado, mas não, me sinto bem, seguro, feliz jamais, mas confiante, mesmo que tudo ainda me lembre ela e mesmo esquecendo tenho ela em tudo que vejo, como e toco... incontentemente sádica é a vida, e mesmo sem lembrar lembro dela o tempo todo...

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